A internet caminha para ser baseada apenas em protocolos IPv6 e, por isto, a migração da versão quatro para seis é urgente. Em sua fala no IX Forum 13, realizado na 9ª Semana de Infraestrutura da Internet no Brasil, Antonio Marcos Moreiras, gerente de projetos e desenvolvimento do NIC.br, ressaltou que o direcionamento está claro. “Estamos indo para IPv6 e seria bom que todos tivessem isto em mente”, disse. “Tem um monte de pedras no caminho e muitas dificuldades, mas temos de olhar o horizonte e ele é IPv6-only”, acrescentou.
O Comitê Gestor da Internet faz, desde em 2012, recomendações formais sobre implantação de IPv6. A expectativa é que em maio de 2020 não haverá mais disponíveis endereços IPv4, nem para novos entrantes. Até o momento, as grandes operadoras estão com a rede quase toda em IPv6, já os provedores tem cerca de 10%, segundo estimativa baseada no tráfego. “Cada um, na implantação de IPv6, tem de fazer a sua parte e do ano passado para cá não vimos aumento no número de usuários de IPv6”, acrescentou.
Entre as razões por que IPv6 não ter sido implantado ainda encontra-se na falta de conhecimento. “É falta de conhecimento de verdade ou é medo? Tem insegurança, mas temos de mexer; o medo tem de ser enfrentado, não levar a gente à paralisia”, ressaltou Moreiras.
Na Bielorrússia, por exemplo, tornou-se obrigatória a migração para IPv6 a partir de 2020. Todos os provedores de serviço de internet ficam obrigados a dar suporte ao novo protocolo em suas redes, além de entregar endereço IPv6.
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