A Internet brasileira atingiu um pico de 8,32 terabit por segundo (Tb/s), revelou Milton Kaoru Kashiwakura, diretor de projetos especiais e de desenvolvimento do NIC.br, no IX Forum 13, realizado na 9ª Semana de Infraestrutura da Internet no Brasil, que acontece em São Paulo. Segundo ele, esse pico foi possível pela cooperação entre os atores que fazem a Internet acontecer no País.
“Quando preparamos o evento estávamos em 7 Tb/s e hoje estamos ultrapassando os 8 terabits por segundo, com São Paulo atingindo mais que 6 terabits por segundo. Tudo isto ocorre graças à cooperação de todos, que é importante neste nosso ambiente. O peering entre as empresas leva a internet à frente”, afirmou.
Kashiwakura destacou também o aumento na quantidade de provedores e no tráfego de dados, a colaboração de associações, tais como a Abranet, no programa por uma internet mais segura e a necessidade de migrar para IPv6. “Obrigatoriedade de você dar a porta no caso do tráfego IPv4 é um alerta para todos para acelerar a implantação de IPv6. Já temos mais de 30% do tráfego brasileiro que ocorre em IPv6 e é importante acelerar a adoção para não necessitar ficar logando porta junto com IP”, alertou.
Em sua apresentação, Julio Sirota, gerente de infraestrutura do NIC.br, ressaltou que o pico de tráfego é um fato importante. “Mostra que o trabalho está avançando e que cada vez mais estamos contribuindo para a internet brasileira”, pontuou. Ele apontou que, hoje os participantes conectados ao IX em SP somam uma capacidade de 26 Tb/s de tráfego e no Rio de Janeiro, de 6 Tb/s, o que dá uma noção de recursos disponíveis. Em termos de transporte ótico, em SP, no quarto trimestre de 2019 era de 25 Tb/s e no primeiro semestre de 2020 a expectativa é de chegar a 32 Tb/s.
A Alocação de Números de Sistema Autônomo (ASN) no Brasil chegou a 7.452, um aumento de 940 ASN em 2019 na comparação com 2018. Contudo a conexão ao IX.br não cresceu na mesma proporção. São 3.570 ASN conectados, 322 a mais que no ano passado.
Sem Comentários