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Pirataria do Windows e malware são os golpes mais usados no Brasil

Tecnologia

Dados da Kaspersky referentes ao período de julho de 2018 a julho de 2019 mostram que 45 tentativas de infecção são bloqueadas a cada segundo na América Latina. As principais ameaças são infecções realizadas durante a instalação de software de pirataria (crackers) do Windows de 64 bits e adware que inundam o usuário com propagandas invasivas durante a navegação.

Os analistas de segurança da empresa ainda listaram os países com mais tentativas de ataques na região. A lista é liderada pelo Brasil, seguido pelo México – que ainda são, respectivamente, 7º e 11º colocados no ranking global com os 20 países mais atacados em nível mundial. As estatísticas fazem parte do recente levantamento “Panorama de ciberameaças na América Latina” e engloba detecções realizadas pelos produtos Kaspersky por meio do serviço de nuvem Kaspersky Security Network.

Ainda de acordo com este relatório, um terço dos ataques de rede bloqueados na América Latina utilizam vulnerabilidades no protocolo de comunicação SMB – usado, por exemplo, na comunicação entre computadores e servidores.

O mais curioso nos ataques de malware que exploram o SMB é que 2 em 3 usam a mesma vulnerabilidade explorada pelo WannaCry. Para Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, isso mostra que toda a repercussão em torno das paralisações de hospitais, serviços de transporte coletivos e empresas não foi suficiente para conscientizar usuários e corporações sobre a importância da atualização constante de sistemas e programas.

Ainda em relação às vulnerabilidades em sistemas, a Kaspersky levantou também quais os softwares mais desatualizados na região e verificou que o Java lidera a lista. “Muitas empresas mantêm o Java desatualizado, pois existem soluções específicas como softwares contábeis que param de funcionar com as versões mais recentes. Outro problema é que este programa não faz a remoção automática da versão antiga quando o usuário faz a atualização, deixando o computador vulnerável”, explica Assolini.

Mas o malware não é a única ameaça para os latinos. No mesmo período, a empresa bloqueou ainda 92 milhões de acessos a sites falsos gerados por mensagens de phishing – crescimento de 33% em relação ao período anterior. A cada segundo, os produtos da Kaspersky impedem que 3 pessoas caiam em mensagens de phishing na região.

O ranking mundial dos ataques de phishing é liderado pelo Brasil, seguido pela Venezuela.  Dos países latino-americanos, ainda estão presentes Chile (7º), Equador (8º), Guatemala (10º), Panamá (11º), Honduras (12º), México (13º) e Argentina (14º). “Em 2018 havia 6 países da região em nossa lista global e hoje há três novos. Isso mostra o quanto o phishing é uma tendência crescente na região”, alerta o analista da Kaspersky.

 

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