Em “Os Jetsons”, o icônico desenho animado futurista, havia um forno no qual bastava apertar um botão para obter, automaticamente, o prato escolhido. Criar comida do nada é impossível, mas as impressoras 3D já são capazes de fazer algo que provoca uma surpresa parecida.
Um equipamento da fabricante americana 3D Systems, chamado “The ChefJet”, permite “imprimir” doces em casa. Você coloca açúcar na máquina e seleciona uma das receitas digitais que acompanham o equipamento. Depois, é só comer.
O produto foi anunciado na Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas, no dia 8. Na semana passada, a empresa fechou um acordo com a Hershey’s, a fabricante americana de chocolates, para disseminar o uso do equipamento.
As impressoras 3D surgiram como uma curiosidade e, agora, ganham força. Basicamente, são equipamentos alimentados por um tipo de matéria-prima (plástico, metal, vidro etc) que permitem fazer em casa desde peças e componentes até produtos inteiros, como brinquedos e utensílios.
A empresa de pesquisa Gartner estima que os consumidores vão gastar US$ 133 milhões com impressoras 3D neste ano, 50% a mais que no ano passado.
Apesar do interesse, ainda há dúvidas sobre qual será a aplicação das impressoras 3D. A vantagem da tecnologia é fazer objetos sob medida a custo baixo. A questão é se o próprio consumidor terá essas máquinas em casa ou se vai preferir encomendar os produtos feitos sob medida a um terceiro.
O preço das impressoras 3D depende da complexidade do equipamento, mas os preços estão caindo rapidamente. Há um ano a máquina mais simples saía por volta de US$ 4 mil. Hoje, custa cerca de US$ 2,5 mil. A ChefJet vai chegar ao mercado no segundo semestre, por valores entre US$ 5 mil e US$ 10 mil. A 3D Systems já lançou uma impressora a US$ 1 mil. A diferença é que a máquina não faz comida. (GB e JLR)
Do Valor Econômico