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Uso de dispositivos pessoais é desafio para fornecedores

Tecnologia

Por Martha Funke | Para o Valor, de São Paulo

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Fábio Costa, da VMware: aposta neste ano nas tecnologias voltadas à criação de datacenter completamente virtual

 

Aumentar a demanda por processamento sempre que necessário, atender a exigência de usuários por conexão corporativa em dispositivos pessoais e aplicar a capacidade de virtualização não apenas a dispositivos únicos, como servidores, mas a todo um data center, são algumas das principais tendências direcionando os esforços das maiores fornecedoras de soluções para construção de infraestrutura de nuvem.

A segurança é outro destaque na corrida por lançamentos e atualizações de softwares. As fabricantes buscam acalmar os diretores da área de informação (CIOs, ou chief information officers, na sigla em inglês) atemorizados pelo crescimento do BYOD (bring your own device), como ficou conhecida a crescente onda de uso de smartphones, tablets e notebooks de uso pessoal para acessar redes corporativas.

Estudo recente da Forrester Research aponta que dois em cada três funcionários de empresas usam smartphones escolhidos por eles mesmos e o mesmo ocorre com 46% em relação a notebooks. Outra preocupação é assegurar que as nuvens híbridas, formadas pela conexão de dados entre nuvens privadas e públicas, não coloquem a empresa em risco.

A VMware acaba de apresentar o Workspace, novidade de sua suíte de mobilidade corporativa Horizon, voltada a alocar dados, aplicativos ou desktops para usuários finais ou grupos, ao invés de focar nos aparelhos. A solução com gerenciamento centralizado garante políticas de segurança e permite adicionar novos aparelhos, usuários ou aplicativos sem necessidade de reconfigurar dispositivos. “Até março vamos fechar os primeiros projetos no Brasil com uso da suíte para virtualização de usuário final”, adianta o presidente da VMware no Brasil, Fabio Costa.

A fabricante está apostando este ano nas tecnologias voltadas à criação de um data center completamente virtual, definido por software e sem necessidade de interferência no hardware – graças à suíte vCloud 5.1, lançada no ano passado -, e na construção de nuvens híbridas.

A definição por software ajuda os fornecedores a montar data centers virtuais como uma coleção personalizada de computação, armazenamento, rede e segurança isolada logicamente.

A solução foi lançada no ano passado para seduzir usuários com detalhes como maior eficiência na utilização do hardware e muita rapidez, já que um data center completo pode ser montado em horas ou até minutos, e apoia o uso de soluções somando nuvens privadas às nuvens públicas.

“As grandes nuvens públicas têm segurança igual ou maior que as privadas. O desenvolvimento de conectores permite a criação de uma arquitetura que deixa ver tudo como uma infraestrutura única”, explica Costa. Para tranquilizar CIOs renitentes, a suíte 5.1 inclui detalhes como vMotion, para permitir migração ao vivo de máquinas virtuais sem necessidade de armazenamento compartilhado; replication, para proteção de desastres; e endpoint, para segurança em máquinas virtuais. “A nuvem híbrida vai explodir este ano”, garante o executivo da VMware, que cresceu 20% no passado ao redor do mundo.

O desempenho foi ainda melhor no Brasil, diz Costa, onde um dos destaques emblemáticos da popularização da tecnologia “cloud” foi a assinatura de grandes contratos com o setor público – segundo ele, um grande prestador de serviço de processamento de dados vai colocar sua nuvem no ar ainda este ano.

Já a Citrix concluiu em janeiro a aquisição da Zenprise, especialista em administração de dispositivos móveis (MDM). Com isso, colocou no porfólio a linha XenMobile para oferecer uma linha completa para a gestão de aparelhos, aplicativos e dados móveis.

 No ano passado, já tinha ampliado sua oferta com foco em mobilidade apresentando produtos como CloudGateway, com ponto de controle único para administrar e entregar dispositivos móveis, e Me@Work, uma coleção de aplicativos capazes de aderir a políticas de segurança definidas pelas empresas, como ShareFile, para compartilhamento de arquivos; GoToMeeting, para colaboração; Podio, para interação social; WorkMail, para acesso a e-mail, além do browser @WorkWeb.

A solução completa permite provisionar políticas e aplicativos a grandes grupos de aparelhos de forma automática e, além de atender as necessidades de usuários em busca da praticidade garantida por serviços públicos como Dropbox e outros, os softwares trazem capacidade de aderência às políticas de segurança definidas pelas empresas, como acesso a anexos ou limpeza de conteúdos em caso de perda, roubo ou falta de conformidade, ou navegação limitada a sites confiáveis. “Também traz o conceito de app store corporativa”, afirma Ricardy Felix, gerente de consultoria da Citrix.

A marca também colocou suas fichas nas nuvens híbridas. A exemplo da VMware, a migração de máquinas virtuais em operação sem necessidade de armazenamento compartilhado é um dos destaques, e está presente na versão 6.1 de sua plataforma XenSErver, lançada em outubro.

Valor Econômico

 

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