O novo profissional da era digital


Por Nivaldo Cleto
Revista Fenacon em Serviços 88 - abril 2003

Na onda da tecnologia da informação, o mercado exige um profissional dinamicamente atualizado, consciente dos avanços tecnológicos contínuos e sucessivos, decorrentes do universo da informática. Para que a gestão dos nossos negócios tenha mais qualidade ou para haver um aprimoramento de nossos conhecimentos técnicos no exercício da profissão, necessitamos do acesso rápido às informações do mundo econômico, cientifico, político e empresarial. Tal acesso foi facilitado pelo advento da Internet. Hoje, grande parte da população economicamente ativa tem a facilidade e a possibilidade de acesso a essa tecnologia.

A nova geração que está saindo das escolas e das universidades trata com normalidade o acesso a essa gama de informações, ao passo que muitos profissionais ainda relutam em admitir e em confiar, por exemplo, nos modernos sistemas de comunicação sem fio. Precisamos quebrar paradigmas. Temos que melhorar o conhecimento em TI, visando gerir melhor os negócios e aprimorar o conhecimento profissional. Muitos ainda dizem que os filhos sabem utilizar essas ferramentas com muita habilidade e não têm coragem de falar das suas dificuldades de adaptação ao mundo digital.

Vivo dizendo por este Brasil, nas minhas palestras, o quanto é importante contratarmos um professor particular ou fazermos um curso rápido, visando aprimorar os conhecimentos que permitiriam acessar as tecnologias digitais com maior facilidade. Não há limites de idade para nosso aprendizado. Temos obrigação de saber utilizar a tecnologia da informação básica, se quisermos continuar prestando um bom serviço à sociedade. Quem não conseguir utilizar essas ferramentas considere-se, infelizmente, um 'analfabeto digital' e, em breve, um excluído do meio empresarial.

Telexpo 2003

No final de março, tive uma prova da praticidade dos novos meios de comunicação. Visitando a Telexpo 2003, apreciei o lançamento dos celulares da geração 3G e CDMA, que possibilitam o acesso às redes corporativas, facilitando a vida das empresas e dos cidadãos. Vejam alguns exemplos abaixo:

a) Celular híbrido que juntou o poder dos PDAs (agendas eletrônicas) ao sistema de telefonia celular. Estes novos modelos permitem, além do tradicional serviço de voz, enviar e receber e-mails, navegar em páginas da web, enviar e receber fotos, filmes e uma gama de serviços que equipara estas minúsculas agendas aos tradicionais computadores utilizados no dia-a-dia, com uma grande vantagem: acesso de qualquer lugar do planeta.

b) As redes Visanet e Redecard já oferecem a lojas e restaurantes terminais com tecnologia CDMA, que possibilitam realizar as vendas de qualquer lugar da Grande São Paulo, permitindo que vendedores ambulantes, taxistas e lojas de ocasião aceitem os pagamentos com cartões de crédito e de débito, utilizando os terminais móveis.

c) Os equipamentos de videoconferência estão cada vez mais modernos. Creio que em breve não haverá mais tantas viagens para as reuniões entre as empresas, suas filiais e clientes. Para vocês terem uma noção de como funciona este processo, visitem o site: http://www.polycom.com.br.

Comprovei que os lançamentos nos países do primeiro mundo, em matéria de telefonia celular, estão chegando ao Brasil em menos de um ano. Até o final de 2003, o mercado estará com ofertas de dezenas de tipos de celulares da geração de redes sem fio, que finalmente já se tornaram realidade nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, a princípio. Como já informei nas edições anteriores da Revista Fenacon, estamos passando pela primeira Revolução Digital da era da Internet.